Jorge Amado - Subterraneos 3 - A Luz no Tunel



O romance A luz no túnel é o último volume da trilogia Os subterrâneos da liberdade, da qual fazem parte também Os ásperos tempos e Agonia da noite. Como os demais livros, retrata episódios ocorridos durante o Estado Novo (1937-45) e a resistência do Partido Comunista Brasileiro durante o período.
     As perseguições aos comunistas intensificaram-se em 1938, com as greves nas fábricas de Santo André, e vários membros do partido estão detidos. A história segue até 1940, quando ocorre o julgamento do líder revolucionário Luís Carlos Prestes, preso desde 1936.
     O autor faz um retrato minucioso das atrocidades cometidas pela polícia do Departamento de Ordem Política e Social de São Paulo, comandada pelo delegado Barros, para obter informações sobre as atividades clandestinas. Entre os presos, está o camarada Zé Pedro, que passa por tortura e é obrigado a assistir aos abusos cometidos também contra sua mulher, Josefa.
     Os donos do poder econômico são personificados no banqueiro Costa Vale e no empresário americano John B. Carlton. Em oposição a eles, estão os operários e os trabalhadores da zona rural, estes liderados por Zé Gonçalo, que lutam pela terra no Mato Grosso. Uma empresa americana busca instalar-se na região para explorar manganês, com mão-de-obra japonesa.
     Em A luz no túnel, o cenário é ainda mais negativo para o Partido Comunista do que nos outros livros da trilogia, pois o contexto é o do auge da Segunda Guerra Mundial, com a ocupação da França pelos nazistas e a hesitação de Vargas, que tende a apoiar os alemães e acaba sucumbindo aos americanos. Mas os companheiros não perdem o otimismo. Novos militantes enxergam uma “luz no túnel”: em massa, eles acompanham o julgamento de Prestes, herói maior e estímulo para continuarem na luta.

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